NOVA PORTEIRINHA (MG) – Um grave atentado abalou a tranquilidade da comunidade da Colonização II, em Nova Porteirinha, na noite de terça-feira, 10 de junho. A casa da secretária municipal de Desenvolvimento Social foi alvo de disparos de arma de fogo, com o portão da residência sendo atingido. Este é o segundo ato de vandalismo ocorrido no local neste mês — o primeiro foi registrado dias antes, com mensagens ofensivas pichadas na fachada da residência.
Os ataques ocorrem em um contexto sensível, logo após a prefeitura intensificar suas ações durante o Maio Laranja, campanha nacional de enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. A mobilização aumentou o fluxo de denúncias, fortaleceu a rede de proteção e pode ter gerado reações violentas contra aqueles que atuam diretamente nesse enfrentamento.
É fundamental esclarecer que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social não possui função investigativa. Sua responsabilidade, em conjunto com o Conselho Tutelar, é acompanhar famílias em situação de vulnerabilidade, proteger crianças e adolescentes e fazer os devidos encaminhamentos aos órgãos competentes — sempre com sigilo absoluto sobre as identidades das vítimas e de eventuais suspeitos.
Trata-se de atos gravíssimos, que atentam contra a vida de servidores públicos e contra toda a estrutura institucional que protege a população mais vulnerável. Esses ataques não serão naturalizados e exigem resposta firme da sociedade e das autoridades.
As investigações já estão em andamento pela Polícia, com o apoio da Secretaria Municipal de Segurança Pública, que está acompanhando o caso de forma próxima e atuante. Além disso, outros órgãos públicos competentes estão sendo acionados para dar celeridade à apuração dos fatos e garantir a segurança da secretária e de sua família.
A prefeitura de Nova Porteirinha repudia veementemente qualquer forma de violência e reafirma seu compromisso com a legalidade, a justiça social e a proteção integral à infância. Atacar quem protege é atacar a dignidade de toda a comunidade. O silêncio não será uma opção.